quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Ser Humano Ou Ser Estúpido?


O ser humano comete erros. O ser estúpido comete os mesmos erros, uma e outra vez. A nossa história repete-se vezes sem conta. Mudam as tecnologias e o modo de vestir, mas os valores do ser humano permanecem duvidosos, muito duvidosos. A vitória do Trump não é um mero acaso, nem tão pouco um acto de desespero por parte dos americanos contra os emigrantes que lhes tiram o emprego ou contra os muçulmanos que lhes ameaçam a segurança. Não. A eleição do Trump vai muito mais além: é o reflexo de uma sociedade que não tem a mínima noção das consequências que os seus actos podem trazer. É uma alienação total da nossa condição como espécie, que se deve preocupar com o seu futuro enquanto um todo. Sim, porque nós, apesar de estarmos no topo da cadeia alimentar, podemos acabar extintos, quais dinossauros. Mas ao contrário destes, há uma elevada probabilidade de sermos nós próprios a acabar com a espécie humana.

Eu não quero saber se o Trump ganhou as eleições! Não é esse o nosso problema! O GRANDE problema é haver mulheres que votam em alguém que claramente menospreza e abusa do seu género, é haver um homem que se identifica com alguém assim, é haver um povo que vota numa pessoa sem credibilidade, sem experiência, racista, xenófobo e claramente perigoso na sua maneira de pensar. O nosso problema não foi o Hitler, mas sim os alemães que o apoiaram e elegeram. Não saberiam eles as consequências dos seus actos? Sabem os americanos por acaso? Porque por detrás destes monstros está sempre um povo que lhes estendeu a passadeira vermelha. Sim, a culpa é nossa. Enquanto espécie. E se pensamos que os americanos são uns idiotas é porque ainda não entendemos este ponto crucial: nós somos uma espécie! Nós próprios criámos este sistema educacional que não nos ensina a criticar o que nos dizem, que não nos dá espaço para reflexão. Nós todos criámos um mundo onde dizer a verdade é ser ingénuo. O Trump não é uma surpresa nem o resultado de votos desesperados, o Trump é o reflexo mais genuíno que temos da nossa sociedade actual.




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