Obrigada meu amor próprio por não me teres abandonado quando essa menina chorou agarrada a si mesma. Sofreu o seu primeiro desgosto de amor. Como poderia alguém mentir? Fingir? Manipular? Essa menina foi trocada, mas nem por isso duvidou da sua capacidade de amar, de sorrir. Era uma menina inteligente, e como quando em criança fincou o pé e deixou bem claro quais os seus valores e quanto valia para o mundo. Para o seu mundo.
É uma vez uma mulher, enfrentando batalhas como qualquer outra. Com uma gordura aqui, uma celulite acolá. Que convive diariamente com um estereótipo de beleza imposto pela sociedade que é impossível atingir. Que vive rodeada de pessoas que pouco se interessam pela cultura ou que nada sabem acerca da nossa história. Que percebeu que apenas um amor prevalece e nos elogia todos os dias. Que muitas vezes desesperamos à espera do amor perfeito, mas que nem percebemos que ele já está dentro de nós. Chama-se amor próprio.
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