domingo, 18 de dezembro de 2016

HÁ ATALHOS QUE SÓ EU SEI PORQUE OS ATRAVESSEI...






Há medos que temos de enfrentar sozinhos. Há lágrimas que têm de cair. E há caminhos que só nós percorremos, que só nós compreendemos. Há lições que têm de ser aprendidas e decepções que têm de ser sentidas.

Há experiências únicas, nossas. Há sorrisos dos quais só nós sabemos o significado. Há olhares que só nós percebemos. Há abraços que nos comovem mais do que lágrimas e comportamentos que nos dão mais carinho do que mimos.

Há percursos que só nós podemos caminhar, há atalhos na nossa vida que só nós percebemos o porquê de os ter de atravessar. Porque encontramos uma desilusão a barrar o caminho, ou porque alguém nos disse, no meio da sua falsidade, que aquela direcção era a mais correcta a seguir. Há placas que eu encontrei ao longo do meu caminho que só eu li, que só eu sei.

Enquanto caminhamos, no caminho da vida, há um sem fim de pessoas na berma a comentar, a escarnecer, a apontar-nos o dedo e a rezar para que caiamos no abismo. E às vezes caímos, nessa imensidão escura e cega. Cabe-nos a nós aprender a andar na escuridão, até encontrarmos uma vela que nos guiará para a claridade, para o discernimento. Que nos mostre que afinal não estávamos numa rua sem saída. Sim. a seguir ao nevoeiro há uma ponte. Cabe-te a ti ter a coragem para a encontrar. Até já.

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