quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

"Conheça-me melhor!" - Israel: O Dia Em Que Fui À Procura Da Verdade.

Não sou aquele tipo de pessoa que precisa de "Ver para crer!". Mas também não sou ingénua ao ponto de acreditar em tudo o que me dizem. Lembro-me de em criança me sentar à noite numa cadeira na varanda da minha avó e de olhar para o céu estrelado, límpido e sereno não estivéssemos nós numa aldeia do interior. E nessa varanda, a olhar para o céu, interrogava-me o que existiria para além do nosso mundo, da nossa realidade. Estas realidades espirituais, de uma outra dimensão, ainda hoje me fazem assistir a documentários pela noite dentro. E tal como quando era criança, procuro nos céus uma resposta. Decidimos então embarcar rumo a Israel. Berço do verdadeiro Cristianismo, onde tudo realmente aconteceu. Lá não encontramos os oponentes edifícios erguidos pela força humana, recheados de ouro e prata. Não, em Israel encontrei o palco onde o verdadeiro Acto aconteceu. Sobrenatural ou não. 




A Igreja Católica, o Islamismo e o Judaísmo vivem ali lado a lado, pelas ruas de Jerusalém. Quando chegamos ao fim do mercado muçulmano entramos nas ruas onde ocorreu a verdadeira Via Sacra. Mais à frente está o muro das lamentações e lá fui eu lamentar-me. 





Resolvi não entrar na mesquita Al-Aqsa, pois não quis cobrir partes do meu corpo. Entrei na igreja edificada no local onde Jesus foi crucificado e não me deixaram tirar nenhuma fotografia, pois estava com uma saia pelo joelho. Fomos até a um dos sítios mais sagrados para os Judeus, onde está o túmulo de David. Ao ver mulheres com os ombros e cabelos tapados de um lado e os homens do outro, perguntei se teria que me cobrir com um dos vários lenços disponíveis à entrada. "Não!", foi a reposta do judeu, "Nós respeitamos todas as religiões e rezamos por todas as pessoas. Entre e reze como se sentir mais à vontade.". Só queria beijar e abraçar aquele judeu! Quem sabe se eu não pertenço ao seu grupo. A minha avó bem me dizia de cada vez que eu tentava arranjar uma nova maneira de ganhar dinheiro: "Ah sua judia!". Deixo-vos aqui um vídeo do convívio entre eles à saída desse templo Judeu.






Israel não me desiludiu. Senti o que nunca antes tinha sentido: estava numa terra sagrada. Pisar aquele chão e respirar aquele pó fez-me de algum modo compreender a minha própria existência, sem precisar de uma resposta por escrito. Tenho que confessar: não foi a Igreja que eu encontrei em Israel. Foi algo muito, mas muito maior! Foi a compreensão de que algo realmente aconteceu, mas que não precisa de um nome ou de rituais humanos para o sentir. Percebi finalmente que a espiritualidade existe, só não sei o que lhe chamar. Ainda hoje ando à procura de muitas respostas, mas agora sei que não somos apenas algo físico. Somos muito mais...

Sem comentários:

Enviar um comentário